O casamento foi em casa dela, a nossa agora. Era uma casa velha mas havia alegria e havia comida. E fomos ao Piódão, porque pertencíamos à igreja do Piódão. Lá é que fomos fazer o casamento, no altar da igreja do Piódão. Fomos todos de Chãs d'Égua, a pé, não havia outro recurso. Os convidados e tudo. Ainda eram para cima de 30 pessoas. Até o meu mestre veio ao meu casamento. À noite voltámos, ceámos, e fez-se o casamento. Comemos sopinha, batatas e chanfana. Era a comida que havia. E os bolos, uns coscoréis. Isso não faltava, nestes banquetes assim nunca faltava. Era o doce daquele tempo. No meu casamento não houve baile. Não havia música nenhuma naquele tempo. E fui eu quem fiz a saia e casaco da minha esposa. Era um fato azul. No outro dia fomos trabalhar.