O padroeiro da minha terra é São João Baptista. Depois temos a Senhora de Fátima, a Senhora do Carmo, temos a Senhora das Febres, há aí umas quatro ou cinco santas. As festas são muito concorridas e o pessoal é muito bairrista.
Eu gosto muito das festas. Quando é na altura de Agosto, na penúltima semana, o pessoal vem todo para a aldeia. Temos o salão, com um bar. Em baixo há uma sala, que é a sala de jogos e há uma sala que é para o médico. Antigamente a festa era mais concorrida, as procissões tinham mais impacto, porque tinham muita gente. Hoje as procissões são pequenas, tem pouca gente, mas mesmo assim conseguem manter a tradição. Porque vem cá a música assistir às procissões. As pessoas ainda estão enraizadas no passado. Ainda não perderam as raízes de origem. A juventude de agora vem a Chãs d'Égua, está um grupo de cinco ou seis jovens, se houver um que começa a ir embora, os outros começam logo a ir, não querem ficar porque isto aqui não tem condições. Não há discotecas, não há nada. Café só ao cimo da povoação e não está sempre aberto. Só abre das dez horas até às seis da tarde. Evidentemente que a juventude não quer ficar.