No Carnaval, mascaravam-se. A gente, às vezes, vestia-se de palhaços. Não era como agora. Umas “véstias” velhas antigas das mulheres. A gente vestia-se e andávamos aí pelas ruas, pelas casas. Corríamos as casas todas. Brincava-se. Às vezes, faziam partidas. Não faziam mais nada. Era dar umas voltas e andar por aí.
A Páscoa era como agora. Na Quaresma, não se podia comer carne. Mas eu, quando era novo, também era malandro. Às vezes, roubava à minha mãe. Ela não queria que eu comesse, mas eu roubava-lhe e comia. Um gajo tinha fome, não havia de comer? Tinha que jejuar... Eu nunca fiz isso. Faziam-me jejuar, mas eu não jejuava. Então, um gajo tinha fome!