Se estivéssemos doentes, chamávamos os médicos. Vinham cá a cavalo ver algum doente que estivesse aí. No meu tempo, havia aí uns corajosos, umas pessoas que davam uns remédios de ervas e de uma coisa e de outra. Não davam injecções, não davam nada. Era um barbeiro no Piódão. Esse é que vinha tratar dos doentes. Lá receitava uns remédios e uns chás de umas ervas que havia para aí. Umas coisas. Ao fim, a gente tomava aquilo. Uns melhoravam, outros pioravam. Uns tomavam “champorrião” de mel com aguardente, outros comiam aguardente com pão. Ele também bebia aguardente. Ele queria era aguardente. E fazia bem. Isso é que era o ideal. Por isso é que os velhos duravam até aos 100 anos. O meu avô morreu com 92 anos. Nunca tinha ido ao médico. A minha mãe com 93. Lembra-me pouco de ela tomar medicamentos.