Agora já não sonhos. Aquilo que eu queria fazer quando era mais nova, quando saí da escola, gostava de fazer duas coisas, tinha de ser só uma. Ou gostava de ser modista ou cabeleireira. Que ainda hoje tenho jeito para a costura. Eu gostava e também dava dinheiro. É que dava. O meu pai é que cortava o cabelo às pessoas da quinta. Mas nunca levava dinheiro a ninguém. Era de graça e eu tinha de ser com papel. Mas eram duas coisas que eu gostava. O meu pai queria que eu fosse estudar para professora. Para professora não. Nem pensar. Deus me livre. Andar com a casa às costas de um lado para o outro. Ser professora é chato.