O milho era para cozer a broa. Ao fim, aquele milho era cortado, debulhado e era seco ao sol. Ao fim, ia para um moinho. Do moinho trazia-se a farinha para casa. Amassava-se a farinha, aquecia-se o forno, punha-se lá o pão dentro e ao fim comíamos daquela broa. A gente primeiro não tínhamos pão de trigo cá. Ninguém aqui vinha vender pão. Era só do que a gente cá cultivava que a gente comia.
Havia aqui dois moinhos. Havia logo um aqui na Covita e outro lá mais abaixo. Nos moinhos cada pessoa tinha lá uns tantos tempos para ir moer. Já estava dividido. Cada um sabia o tempo que era seu para lá ir moer a farinha àquele moinho. Moía de noite e de dia. Às vezes, a minha mãe passava noites inteiras, lá no moinho, a ver se por acaso a gente precisava da farinha. Às vezes, podia haver qualquer coisa na água e tinham que lá ficar. Tínhamos também um forno da gente para cozer.