O milho era regado e depois no fim de estar criado, cortava-se. Era tirado da espiga e era botado ao sol para secar. Ia para a moenda para moer, para cozer o pão.
Uma pessoa juntava uma debulha numa casa e aqui os vizinhos vinham ajudar aquela debulha. A gente ajudava também às outras pessoas conforme vinham ajudar a gente.
No fim de já estar seco, o milho ficava bom. Levava-se para o moinho nuns saquinhos. Às vezes, levavam naquelas peles próprias dos animais. Aí também se levava o milho. O moinho moía o grão, o milho. Era aqui em baixo no riozinho. Daqui até ao moinho era aí cinco minutos. O moinho era mesmo assim da gente, dos que lá iam moer. Lembra-me muito bem. Tinha duas pedras, uma por baixo, outra por cima, com a água andava em volta e moía o grão até deitar a farinha conforme a gente queria. Um bocadinho mais grossa ou mais fininha para cozer o pão. Um saco daqueles assim, deitava-se à noite, ao outro dia de manhã estava moído. Já sabíamos que era aquele tempo para a gente moer. Ao fim, é preciso ir buscar a farinha.