Houve um indivíduo - chamavam-lhe o João Grande - que era um gigante. Como ele era muito possante, acabava sempre por regar aí. E havia um curral lá ao pé das terras dele, na barroca. Então, era o primeiro sempre a regar. Os outros, coitados, viam o milho a secar. Depois envolveram-se aí em conflito e ele a bater-lhes. Ele era grande, tinha força para isso, batia nos outros. Depois foi para Tribunal, para Arganil. O juiz lá fez uma divisão das águas, de acordo com a terra que tinham, por horas. Um tinha duas horas, outro tinha dois dias ou três, conforme a terra que tinha. E, a partir daí, então já houve um controle das águas e já houve mais harmonia. Cada um regava o que o juiz determinou. Foi por sentença e fez uma escritura. Essa escritura era de 1867.