Em 1960, um guarda-rios veio aqui para fazer pagar e fazer explorações nos ribeiros. E até fui eu que tratei disso. Nessa altura, estava em Lisboa e sabia que a escritura dava a possibilidade de os agricultores fazerem as poças sem pagar nada. E ele queria que eles pagassem. Eu fiz uma exposição à Direcção-Geral de Hidráulica de Lisboa. Falava-lhe que não havia razão para que fizessem pagar aos agricultores, já por si vivendo tantas dificuldades, porque a escritura de 1867 dava autorização para eles fazerem as poças no leito dos ribeiros. Depois foi um indivíduo que vivia lá em Lisboa entregar a escritura e desapareceram com a escritura. Um documento daqueles. Só que eu tinha copiado aquilo tudo da parte da divisão das águas, que diz fulano tal era detentor tantas horas. Ainda lá fiquei com aquela parte. Senão não havia nada. Mas só eu é que tenho. Mais ninguém tem.