Do milho fazia-se a broa. E depois o milho tinha de ser moído como o centeio, o que deu lugar a fazer muitos mais moinhos movidos a água à beira das ribeiras. O milho era importante, porque quem não tivesse milho não sobrevivia. As povoações de milho até essa data eram poucas. Havia pouca gente e o milho é que veio dar a alma ao desenvolvimento das populações. Então, fazia-se a broa. Havia terras que tinham fornos comunitários como o Chãs d'Égua. Aqui, nestes povos agregados, não havia comunitários, havia individuais. Uma expressão da gente daquele tempo era: “casa que não tivesse broa já não havia alegria”. Metade da alimentação era com a broa. A pessoa tinha fome, partia uma fatia de broa e comia. Porque a vida era difícil nesse tempo. Só se cultivava milho à beira das ribeiras. Para além disso, não se cultivava milho, era impossível. O milho é um cereal que carecia de muita água, de muito estrume e, então, tinha de ter muitos rebanhos. Cada lar tinha um rebanho.