Nunca saí daqui. Nunca quis. Era empregada no trabalhito da fazenda. Batatas, milho, feijão e cebolitas também. Aqui não ajudava, mas na minha terra quando estava solteira ainda ia ajudar muito. Tinha que fazer o comerzinho para o meu filho, para o meu pai, para o meu marido. Tinha os animais para tratar e chegava. Muitos animais que eu tinha. Tínhamos os porquinhos, o gado, cabras, ovelhas...
O meu marido nunca de cá saiu também. Saía assim para os montes e para um lado e para o outro, a compor podões. Fazia-os. Tinha uma oficina para bater ferros.