A gente, às vezes, aos domingos, também fazíamos disso. Era uma festa. Quando era no tempo da nossa paródia, quando não havia mais nada, era bacalhau por adoçar que se comia. No Chãs d’Égua, um homem tinha uma taberna. Vendia lá mercearia e era donde a gente se ia aviar. Comprávamos um bacalhau, começávamos ali a esfarrapar nele. Aquilo era uma “farramalha”! Enquanto ele durasse, era sempre para cima do balcão. Era uma paródia! E a malta dava-se tudo uns com os outros.
Hoje já nunca se cá junta malta como antigamente, para fazer festas como se fazia. Agora, sei lá, parece que esses, que têm mais dinheiro que os outros, pensam que já são mais coisos. É assim.