Também ia à missa ao Piódão. Era uma hora daqui para lá a pé e, às vezes, a chover. Mas tínhamos aquele vício de ir à missa. Primeiro íamos todos os domingos. Então o meu pai, um domingo que ele lá falhasse... Agora é que já custa-me a subir aí a ladeira. Quando o meu pai começou a ficar cá em casa, até choravam na missa com a pena dele. Viam o banco, onde ele costuma a estar, vazio e diziam:
- “Olha, já cá falta o tio Artur.”
- “Olha, o tio Artur não pôde vir. Para ele faltar à missa... Faço ideia como é que ele não anda.”