O meu avô tinha muitas histórias, mas não me atrevo a contar, porque posso efectivamente desvirtuá-las. Também foi uma coisa que nunca memorizei, porque nunca liguei a isso. Sei que havia aqui um pavor muito grande das bruxas, do bruxedo. Estas pessoas:
- “Olha, lá anda o bruxedo!”
Via-se, às vezes, uma luz:
- “Olha, lá vai a bruxa ali!”
A gente realmente via alguém, coitado, tinha feito a viagem de noite. Via a luz acima e abaixo:
- “Olha, lá vai a bruxa!”
Eram estes medos. Acho que isso teria pouco de realidade, mas nestas terras pequenas, essa história do bruxedo às vezes cria estigmas muito grandes nalgumas famílias.