Antigamente não havia médico. Quando alguém estava doente tínhamos que o chamar de Côja, outras vezes à Vide. Pagava-se para ele vir cá. Tinha de ser. Não trabalhavam de graça. Tinha que se ir a pé também à Vide e a Côja para ir buscar os remédios. Nos partos, eram as mulheres que ajudavam. Mas uma vez, quando foi da minha filha que está na Coucedeira, não havia médicos disponíveis nessa altura. Um barbeiro que estava no Piódão, que sabia quase tanto como um médico, é que cá veio ver. É o que importa. Não era médico mas ajudou. Ele sabia tanto como um médico. Porque uma vez tinha ido lá para uma doente do Piódão, chamaram o médico de Avô e quando o médico lá chegou, ele procurou a esse barbeiro, era o Francisco Barbeiro, e ele disse logo para o médico o que é que ela tinha.