O ramo maior

Aqui no Torno nunca houve festa. Vinha cá o padre quando era pela Páscoa, com a Cruz para beijarem. Agora ainda vem mas já não é o padre, é o leigo.

Íamos ao Piódão benzer o ramo e tentávamos levar o ramo maior. Às vezes, chegávamos ao loureiro, cortávamos quase metade do loureiro. Depois ficava lá, todo estragado. Era tradição levar o loureiro. Agora já se leva, às vezes, um ramo de oliveira.

No dia de Santa Cruz, com esse ramo benzido, parte-se um pau, faz-se uma cruz e põe-se nos terrenos, nas propriedades para aquilo ficar bento. É uma tradição. Eu já ao tempo que não faço até. Até me esqueço. Mas antigamente fazia-se.