Voltei para Lisboa e fiquei até 2001. Quando vim da tropa, fui trabalhar para a estiva para o porto de Lisboa, carregar e descarregar navios. Lá ganhava-se bem, não se ganhava mal não. Aquilo, por exemplo, a gente ia de manhã, chamavam Casa do Conto, que era ali ao pé de Santa Apolónia. De manhã às seis horas a gente já lá estava que era para sermos contados, a ver se havia trabalho dos navios. A gente andava ali a ver se havia um diazito para ganhar porque muitas vezes íamos lá e não havia nada.