No Piódão havia duas tabernas onde vendiam bagaço, cerveja e vinho. As pessoas iam beber. Uns bebiam um copo, outros bebiam uma cerveja, outros bebiam bagaço. Toda a gente bebia a sua bebida. Se fossem os homens bebiam dois copos, o rapaz bebia só um. Porque diziam os homens que os rapazes não se aguentavam tanto. Mesmo nas debulhas, a gente só bebia um copito ou dois. Talvez quando casasse ou quando chegasse aos 25 anos talvez já fosse um homem. Por exemplo, com 17 ou 16 anos era um rapaz, tinham que beber menos que os homens. Os homens já assim de alta idade, 60 e tal, 50 e tal, esses diziam eles que aguentavam mais vinho. Já andavam acostumados.
Os homens na tasca, um dizia uma aldrabice, o outro dizia uma mentira, já com um bocado de um bagaço ou uma cerveja metida. Nos domingos era uma paródia. Íamos à missa também ao domingo. Às vezes na missa, o padre a falar e eles também a falarem. Era uma alegria. Ainda conheci muitos homens. Levavam uma vida assim, mas até levavam uma vida boa. Porque era uma vida de alegria, de satisfação. Andavam satisfeitos. Agora parece que anda tudo triste, anda tudo desorientado. Um anda atormentado de uma maneira, outro... E ninguém liga uns aos outros.
Antigamente passava-se ao pé de uma pessoa qualquer chamava-se pelo nome da pessoa. Dava-se o bom dia a todas, mesmo que não se conhecesse.