Se ficavam doentes tinham que aguentar. Havia mais saúde naquele tempo. Também os produtos eram mais sãos, não eram criados à base de adubos nem coisas como essas.
Também havia doenças e morria muita gente nova, muito embora, muitos ultrapassavam 90 anos, até perto dos 100. O meu bisavô, por exemplo e outros mais.
Havia pessoas que ficavam completamente cegas, da diabetes, mas não sabiam porquê! E era assim, não era uma vida fácil.
Havia aí umas pessoas que davam um chás quaisquer e uma papas de linhaça, remédios caseiros. Havia aqui dois barbeiros até, já atiravam um bocadito à medicina moderna. Davam injecções e tudo, um foi enfermeiro no Hospital S. José em Lisboa, outro foi não sei onde também e eram muito jeitosos para um braço partido, ou uma coisa qualquer. Havia muito disso às vezes.
O que esteve no Hospital S. José não deixou ninguém aleijado. Havia várias pessoas que partiram pernas, porque naquele tempo a vida era difícil. Aqui por estas encostas lá caía um, perna partida, depois um braço partido. Ele não deixou ninguém aleijado. E havia esses curandeiros que davam assim esses remédios. Depois lá começou a vir também o médico.