Em Soito da Ruiva não havia médico. Só o doutor Vasco de Avô que vinha quando a gente precisava. Normalmente, vinha para tirar as crianças e era de mula. As mulheres ajudavam-se umas às outras mas quando corria mal, chamavam o doutor. Para a minha mulher foi uma irmã dela que a veio assistir. Os meus filhos nasceram todos em casa. Quando o médico vinha, a pessoa que o chamava era quem o pagava. O que ele dissesse era o que tínhamos de pagar. Às vezes, era caro mas só tínhamos aquele. Ainda hoje o pior que a gente tem é a falta do médico. Estamos longe dos hospitais e dos médicos. Há um bom médico de Pomares que vem uma vez por mês e já nos favorece. Vem com sacos cheios de medicamentos.