Na Quaresma jogavam ao jogo do cântaro. Juntavam-se numa roda as raparigas e os rapazes com cântaros, aos quais faltavam um bocado. Depois, uma jogava para aquela, a outra para aquela. Era uma roda grande de gente em volta. Quando o cântaro caía no chão e partia, eram umas risadas. Achavam graça o cântaro partir. Era uma grande alegria. No São João, dançavam velhos e novos. Punham um pau muito alto agarrado ao chão, com palha de centeio por baixo. Lá no cimo estava um cântaro com um gato dentro. Depois botavam o lume na palha, ardia e o cântaro caía no chão. E o gato, quando o cântaro partia, fugia. Às vezes, não levava preguiça a fugir! Toda a gente se ria com aquela parte. Ele estar lá no ar e cair e dar aquele estoiro! Depois caminhava quanto mais podia. Já ninguém o apanhava! Era uma brincadeira dos antigos que se fazia pelo São João.