Andei na doutrina. A minha mãe era muito religiosa e obrigou-me a comungar, a fazer aquelas coisas todas.
Hoje é diferente, naquele tempo havia aí umas senhoras que eram muito religiosas, uma era professora reformada, davam-se a ensinar as crianças. Nós íamos para lá, tinha assim umas escadas, sentávamo-nos todos nas escadas e ela lá ensinava e nós a ouvir. E assim nos preparavam para a comunhão.
Depois havia aí a Comunhão Solene que eu também fiz como os outros. Mas, naquele tempo, era muita gente. Lembro-me do dia da comunhão, nós íamos com o fatito melhor que tínhamos, uma braçadeira com uma fita de seda num braço, e íamos em procissão e no fim havia um acto religioso na igreja. Tínhamos que cantar, rezar, umas coisas que o padre obrigava, lá por lei da igreja. E nós então fazíamos aquela cerimónia e a procissão pelas ruas e nós íamos todos enfileirados. Mas, naquele tempo éramos muitos, 12 ou 15 rapazes. Era mandado da igreja e nós todos ali enfileirados a dar a volta e depois terminava. Íamos benzidos para casa.