Outra vez também cá mandei vir um retratista, o meu marido andava em Lisboa, e eu preparei-me e fui mandar tirar o retrato. Ele mandou-me dizer de Lisboa que queria lá um retrato dos miúdos, que não podia cá vir mas que gostava de lá ter o retrato. O retratista veio cá, eu aprontei-me, aprontei os miúdos e fui tirar o retrato com eles. A minha mãe estava lá a ver-me e só dizia: - “Ai, vocês não olham a segurar dinheiro nenhum. Vocês quanto ganham é quanto estoiram.” E eu dizia assim: - O que é que eu hei-de fazer, então ele quer lá os retratos dos filhos. E hoje o homem aproveitou e veio cá, quer ganhar algum. Ainda foi o tempo melhor que eu passei. Em ele faltando, então é que a gente bota o braço ao pescoço. Então, é que não há nada.