O meu avô via aquele que lhe fizesse mal e depois ajustava contas. Era muito bom pelo bem, mas pelo torto ninguém o levava muito. Dizia assim: - “Ó cunhado, aquele gajo anda aí a lixar a gente. Mas eu trago aí o rapaz daqui, dali...” Ele depois começou atrás dele a ceifar e quando lá chegou deitou a mão à palha e a foice por baixo. O meu avô agarrou-lhe, foi por cima, botou-lhe a mão à espiga e ele ficou com a palha na mão. Mas o dono foi sempre na treta deles, julgando que conseguiam andar à porrada. No fim o dono disse para o outro: - “Julgas que és muito esperto! Há quem seja mais esperto do que tu! Agora agarra e vai lá buscar outros oito iguais aos outros.” E para o meu avô disse assim: - “Toma lá um cigarro e fuma aí.” Depois ele veio ajudar os outros.