Naquele tempo as raparigas ficavam na terra e os rapazes iam para Lisboa para ganhar dinheiro. Iam para lá aí com uns 14 anos, depois da escola. Foi tudo para Lisboa. Depois vinham cá poucas vezes e guardavam o dinheiro para eles, coitados.
Antes havia muita gente aqui a viver. Quantas famílias não sei. Nunca contei. Mas por cada casa havia cerca de umas seis ou sete pessoas. Era muito animado. Havia cá muita gente, muita rapaziada! Conversavam uns com os outros. Agora não. Alguns morreram. Uns foram embora para Lisboa. E agora vive cá poucochinha gente.