A minha vida não é nada. Não faço nada. Atendo algum freguês, às vezes, que vem aqui ter, corto o cabelo. Não faço mais nada, não posso das pernas. É só miséria, isto é só miséria. Eu gostava do meu trabalho, tinha de gostar mesmo. Não havia outra coisa tinha de a gente remediar-se com o pão da casa. Era o que se podia fazer. Para mim ou para outra pessoa de fora. Para outra pessoa de fora só era para trabalhar só no campo, na vida do campo. Não aprendi a fazer outra coisa.