Há um dia que se chama Dia dos Compadres. Esse é por o Carnaval. É uma quinta-feira. Há os compadres e as comadres. Escrevem num papel o nome da rapariga e do rapaz. Depois, um tira a rapariga, outro tira o rapaz. Ficam compadres e dançamos a valsa dos compadres. Faz-se sempre um baile. Se a gente não se esquecer, fiquemos sempre a chamar-nos compadres. Todos os anos se arranja um. Mas agora não fazem nada disso. Só o Centro ainda faz, mas são velhos já. Depois fazem lá um toquezito e dancemos.
Quando era o despique, havia mais que um baile cá na terra. Isso ainda era um Carnaval jeitoso. O despique é mais que um baile na mesma terra. Uns iam para um lado, outros iam para outro. Iam contar o que se passava num lado e o que se passava no outro. Depois, fazia-se as danças na rua, assim tudo a marchar e a cantar e cada um mostrava aquilo que sabia. Agora, quando não havia despique, era um Carnaval morto.