Casei-me com 23 anos. Daí a um ano, tive o meu filho. Quando a minha filha nasceu, ele já tinha 11 anos. Hoje tenho o meu neto. Está sempre a mostrar as raparigas dele. É muito bonito. É uma cara de “enjoiada”, é um homenzão alto e bonito. Tem raparigas à bichinha, mas não é para casar. É para entreter. De certeza que, sem estar a trabalhar e acabar o ano, não pode pensar nessas coisas. Tem de estudar primeiro. Mas já leva as mais rucitas para casa. Às vezes, a mãe:
- “Ah malandro! Tu trazes-me esta rapariga. Tu não tens rapariga assente, assim, assado...”
- “Ó mãe, isto é uma brincadeira!”
Ah, é uma brincadeira.