Conheci a minha esposa cá, na Benfeita. Chama-se Maria das Dores da Luz Simões. Eu conhecia ainda novo. E ela também ainda era nova. Andáramos aí à volta de dez anos um atrás do outro. Mais ou menos. Era nos bailaricos, era na rua. Eu andava a trabalhar na carpintaria. Ela fazia tudo por tudo para lá passar, para me ver. Depois comecei a lá ir a casa dela. Lá ia passar o serão ao pé dela. Ela ajudava a mãe a passar marcações e às vezes eu também ajudava. E era assim, como toda a gente. Depois, cheguei lá:
- Olhe venho aqui pedir a mão da vossa filha em casamento.
Pronto, foi assim.