Havia até dois bailes durante o tempo do Carnaval. Havia um lá em cima, no Outeiro, e havia outro cá em baixo, no fundo. Dançavam a toque de guitarras e de acordeões. Depois, havia despiques. Dia de Carnaval saíam à rua, iam com um rancho. Vestiam-se qualquer coisa diferençado e depois andavam na rua a cantar e a dançar e essa coisa toda. Eu, por acaso, nunca me mascarei, porque o meu pai não deixava, não era dessa gente assim. Não tínhamos aquela liberdade.
Também jogávamos à panelinha. Púnhamos assim uma fila de gente. A primeira mandava o cântaro para trás, a detrás para trás e para trás, até ao fim. Algumas não o apanhavam. Caía no chão e partia. Era cântaros velhos que nos davam. Era engraçado. Tínhamos de ter alguma brincadeira!