O tio Zé Augusto Martins era tipo enfermeiro, mas era entendido. Era meu vizinho. Ele é que corria as serras todas. Ele é que lá pejava. Tinha um cavalo e lá dava os remédios para as gripes, para tudo às pessoas. Os bons remédios. Quando faltasse, faltava tudo lá na serra. Era entendido. Depois, é que isto evoluiu. Também já morreu. Está diante, coitado, dentro da terra. Coitado, não arranjou fortuna. Trabalhava barato, coitado...
Uma vez, fui lá. Tinha aqui uma data de furúnculos. Diz:
- “Ó Adelino, isso é uma furunculose seca.”
Lá me deu uns remédios e isto lá passou. Uma vez, deitava muito sangue pelo nariz quando era novo. Às vezes, ainda acordava cheio de sangue. Ele metia-me uns tufos de água oxigenada! Era entendido naquelas coisas.
Havia um homem, que parece que na altura já era canceroso. Ia lá, às vezes, coitadito. Era dos Pardieiros.
O outro era o tio Zé Maria. Também diz que era bom para essas coisitas, mas era mais de ossos e tal. Era endireita. Era bom para os ossos. Partia os braços, ele lá enfaixava aquilo e ficavam bons. Coitado, já partiu também. Esse, conheci-o bem. Cortava cabelos, também. O outro também cortava. Tinha uns poucos de operários ao fim-de-semana a cortar cabelo. Tinham barbearia.