O padre Loureiro era bom homem, era bom homem. Eu chegava ali:
- Ó senhor padre Loureiro - um homem muito bom, muito bom.
- “Olha lá, ajuda-me aqui a botar um bocado de areia.”
Andei a trabalhar lá em cima na capela mais o meu irmão, Deus lá tenha em descanso.
- “Ajuda-me a pôr aqui para a carrinha, para a gente fazer lá o trabalho em cima.”
Quando era do azeite, iam pessoas lá em baixo beber, fazer lá a pândega. Era, era. Era um bom padre. Muito porreiro. Uma vez, andou a acartar madeira de castanho. O homem era do diabo. Era da paródia. Era um homem de paródia. E aqui o Brotas também era um tipo muito porreiro com os outros. Gostavam de acompanhar um pouco, fazer o jantar deles e brincar um pouco com os outros. Muito bom homem. Coitado, enfim. Já partiu, também, coitadito. O homenzito morreu cedo. Ainda lá fui ao funeral dele. Era muito porreiro o homem, muito boa pessoa, extraordinário.
Do Simões Dias, não me recordo. Não o conheci. Tenho uma ideia que ele faleceu aqui. Nasceu aqui e parece que faleceu aqui. Foi ali a Praça Simões Dias. Tenho sempre ouvido falar nele e que ele era poeta, não sei quê, não sei que mais. Mas não posso, não tenho conhecimento dessa pessoa.