A padroeira é a Santa Cecília. Aquele painel que está ao pé do altar, em cima, é a padroeira daqui. Santa Cecília. Houve sempre procissões. O meu pai foi sempre da Irmandade. Foi sempre da frente. As colchas, pôr pétalas de flores quando passam os andores. A festa do Santíssimo não leva andores, é só o Santíssimo. A festa da Nossa Senhora da Assunção de 15 de Agosto, leva os andores todos. Que as pessoas pegam. E agora já pegam mulheres, porque se a gente estiver à espera dos homens tudo se encosta porque ninguém quer levar. Mas as mulheres levam.
Andámos aqui muitos anos que a Santa Rita aqui ao lado não saía porque não havia ninguém que a levasse. Ficou depois o bairro do tanque a enfeitar e a levar. E levámos, mas agora houve umas divergências, umas polémicas que a gente é que mandava. Então a Santa Rita vai, mas já não é o bairro do tanque. Já pega quem quiser. É assim.
Eram com mais gente. Agora é menos gente, mas com muito mais gente porque havia muito mais gente. Cada casa tinha cinco e seis pessoas e agora está tudo fechado. Está tudo de portas fechadas. As pessoas morrem, uns vão para a cidade. Preferem viver debaixo da ponte do que vir cavar batatas, porque é assim mesmo. Preferem viver lá mal, que a gente sabe que há gente de cá que vive lá mal, mas estão na cidade e a cidade é que é linda. Então preferem, do que estar aqui.