Da última vez que fui para Lisboa fui mais por causa dos filhos. Andavam na escola mas é a tal coisa, antigamente, que é o caso que eu passei, uma costureira na terra não ensinava nada a ninguém. Então havia lá raparigas já crescidas a pregar botões e a fazer recados e havia alfaiates também.
Eu comecei a ver: se forem estudantes vêm aqui para Coimbra. Porque não havia o desenvolvimento que há agora nos estudos. Mas se quando a gente está ao pé dos filhos, eles não se portam bem, quanto mais se os mandarmos para Coimbra. Quando apareceu metade de um táxi em Lisboa eu agarrei. Lá sempre havia mais facilidade para os filhos estudarem. Mas eles não quiseram. Estive em Lisboa até ser reformado, aos 65. Estive lá quase 50 anos.