Antigamente, a gente semeava o milho, as batatas, os feijões... Depois, quando aquilo crescia e estava maduro, era cortado e limpo dos “folhos” e daqueles arejos. Então, ia para a eira, aquilo secava e malhava-se.
Quando era do milho, juntavam-se e ajudavam-se uns aos outros a escalpelar e a debulhar as espigas. Eram debulhas grandes! Às vezes, brincavam, cantavam uns ranchos e lá contavam umas anedotas. Depois, quando estavam a “descapar” e aparecia uma espiga preta, corria a roda a dar um beijinho e um abraço! Mas já cortavam essa marosca. Começaram a acabar com esse milho por causa da paródia. Os rapazes gostavam de brincar e iam abraçar as raparigas, mas elas não queriam. Às vezes, chateavam-se uns com os outros. Mais tarde, quando andavam a semear, já não o punham.
Agora já não se faz a debulha, nem cá há milho.