Tinha uma coisa pelo Carnaval, que era gira. Havia uma pessoa que fazia uma coisa mal feita, que ficava no olho das outras pessoas. Depois, guardavam aquilo para o Carnaval. Punha-se um alecrim de um lado e do outro, cada um com o seu funil, e depois acusavam aquela coisa que a pessoa tinha feito. Falavam para o outro acusando o que a pessoa tinha feito.
Outra coisa gira do Carnaval eram as Paneladas. Arranjavam uma vasilha ou uma panela de barro e enchiam aquilo com uns figos, umas nozes, uns quilos de açúcar, uns quilos de arroz, conforme a necessidade da pessoa onde eles iam deixar. Como as portas aqui quase nunca estavam fechadas - estavam só encostadas -, eles agarravam naquela panela, chegavam à casa, abriam a porta e mandavam aquilo porta dentro. Partia, ficava tudo espalhado. A pessoa que recebia tentava saber quem era a pessoa que lá tinha ido pôr, para depois lhe fazer a mesma coisa.