Havia aí uma coisa gira, que era nós serrarmos a velha aos velhotes. Agarrávamos numa cortiça e num serrote e íamos à porta de um velhote serrar aquilo, a fazer barulho:
- Ah! Velhos malvados!
Eles quando ouviam aquele barulho, ficavam envenenados! Não gostavam.
Havia aqui um velhote chamado António Francisco. Um dia, estávamos lá a serrar a velha. Ele tinha uns janelitos, umas janelas pequeninas. Ninguém contava que ele fizesse aquilo. Sai de lá um martelo disparado, que se apanhava alguém pela cabeça, limpava-o!
Outra vez, noutra casa, estavam a serrar a velha a uma mulher. A porta dela tinha uma folga por cima e um meteu lá a mão a serrar à porta. Ela, por dentro, viu-lhe os dedos e com um candeeiro queimou-os! Havia dessas coisas.