Quando me reformei, comecei a cultivar aí umas fazendas. Não compro quase nada para casa. Comecei a semear umas batatas, uns feijões e ainda hoje o faço. Tenho ali um feijão-verde que é uma categoria. Dá para eu comer e dá para muita gente. As batatas não deram muito, porque o tempo não deu para isso. Depois, lá semeei os feijões. E continuo. Faço aí uma pinguita de vinho bom, também. É daqui, mas é só sumo do vinho. Dizem que o vinho de cá não embebeda, mas, de vez em quando, é cada carraspana! E não embebeda!
Quando vim, gastei um ancinho a trabalhar aqui no Monte Frio. Nunca ganhei um tostão com ele. Foi um sobrinho meu que mo arranjou. Ficou como novo. E agora, perguntam-me assim:
- “As pessoas não têm de pagar?”
- Não, senhora, eu gosto muito de ajudar.
E ainda hoje faço isso se for preciso.