Lembro-me bem da casa dos meus pais. Agora até já a compraram. Era no meio de Relvas e da Teixeira. A casa era de três pessoas. Era dos meus tios. Uma tinha o primeiro andar, por cima era a minha tia, para baixo era da minha avó, chamava-se Delfina, e meu. Quando eu tinha 11 anos houve um ciclone, andavam aquelas lajes pelo ar e a gente no andar de cima, que não era forrado. Pinheiros a cair, aquilo tudo! Onde a gente estava eram dois quartos, era a cozinha e era uma sala grande. A minha avó também, em baixo, tinha dois quartos, tinha uma espécie de uma despensa, e também uma sala grande. E depois o meu pai é que acrescentou a casa. Fez uma sala e dois quartos. Tinha um quintal muito jeitoso. Tinha um fogueira para a gente se aquecer, forno para cozer a broa. Dormíamos aos pares. Eu era com a minha irmã Maria Arlinda.