O casamento foi na Benfeita. Falámos a uma pessoa que tinha uma carrinha, levámos as testemunhas e casámos pela igreja. Fizemos um almoço em casa para meia dúzia de pessoas e já está. Não houve festa nem nada. Não havia outras possibilidades. Nessa altura o meu pai trazia obras na casa e eu andava lá a trabalhar, a ajudá-lo e ele mandou-me fazer um fato num alfaiate que havia no Valado. Eu pensei que o ia pagar e ele já o tinha pago. Foi esse fato que levei ao casamento. A minha mulher ia com um vestido emprestado. Era de uma senhora, mulher de um guarda-florestal. Ela era de Mira mas estava numa casa florestal, que ainda lá está, no cimo de onde eu moro agora, no Chão do Valado.