A aldeia hoje é diferente daquela que era quando eu era criança. No meu tempo não havia as ruas como estão hoje. Não havia paralelos nas ruas, era tudo pedra, tudo peneda. Isto só começou há uns 40 anos atrás a empedrar. Ainda me lembro, eu era miúdo, de andarem a pôr os paralelos naquele Largo de Francisco Peres. Isto foi já depois dos meus 10 anos
Nas casas, fazia-se a estrumada para pôr mato à porta para se limpar os pés ou pôr para lá certas porcarias.
O tanque da Barroca já existia quando eu nasci mas o tanque novo fizeram-no depois.
Entretanto, no ano que eu fui para a tropa, oito dias depois foi inaugurada a luz eléctrica. Depois foi desenvolvendo. Foram pondo esgotos, água em casa. Está um bocado mais moderno. Sem dúvida as condições são outras.
Estes desenvolvimentos foi quase tudo à base da Comissão de Melhoramentos e das pessoas. Hoje já muita coisa é subsidiada, mas na altura não. Era tudo à conta da povoação, das quotas de alguém que dava para ali. Se havia alguma coisa para fazer as pessoas todas contribuíam e foram sempre fazendo assim as coisas.