Alambiques comunitários havia dois. Cada pessoa que lá fazia tinha que dar ao proprietário, uma hipótese, por cada 5 ou 6 litros de aguardente, 1 litro de maquia. Depois lá tinha que carregar o alambique e, claro, limpá-lo e levar lenha. Até eu tive um alambique. Era do meu falecido pai. Esteve na propriedade mas, como aquilo é cobre, eu fui lá buscá-lo.
Um alambique é uma caldeira, que tem uma fornalha para levar lenha por baixo. Metia-se aquilo lá para dentro e depois punha-se-lhe lenha por baixo até começar a ferver. Até aquecer tem que levar bastante lenha. Mas, quando começar a deitar aguardente, tem que estar com pouco lume, mas uma chama certa, porque senão deita muita. Depois tinha um tanque com água e, lá dentro, passava um tubo metálico para arrefecer. Tinha que estar a água do tanque sempre fria para sair a aguardente. Quanto menos deitasse, melhor! Melhor qualidade ficava. Para ela ficar boa, convém pingar 1 litro por hora. É como ela fica bem. A última aguardente que eu fiz foi em 1980. Agora não posso beber nada disso.